Terceiro Nome

Lá se vão mais de 20 anos e uns quatrocentos livros desde o dia em que a Terceiro Nome começou a funcionar na casinha dos fundos do meu quintal. Os cafés da manhã começaram a ser interrompidos por provas heliográficas (que já nem existem mais), a correção dessasprovas invadiu o dia-a-dia numa espécie de rotina familiar, os livros se instalaram na casa, caixas de papelão pardo se espalharam por debaixo da mesa, nos cantos da escada, no corredor lateral da cozinha, no canto atrás do sofá, na vida inteira. – “Eu já me via novinha pacas escrevendo legendas, bisbilhotando fotolitos [!] e organizando o site, além de me meter (ou ser metida) nuns projetos infinitamente maiores do que eu”, diz Irene, minha filha caçula, que trabalhou tantos anos na editora fazendo e aprendendo de tudo um pouco antes de partir para outros caminhos.